O que falar de L.A. Zombie?

Sexta-feira acabou tarde pra mim. Respirei fundo e aceitei o convite da Ana de ir ao cinema. Está acontecendo aqui o Torino Film Festival. Pensei então: Porque não? Me dei um pouco de vida.















Fomos então ao Cinema Massimo. Centro da cidade. Um pouco de fila e entramos na sala. Entra o diretor do filme Bruce Labruce e uma intérprete. Uma apresentação do filme é feita por um mestre de cerimônias que segue fazendo algumas perguntas ao diretor. Nem Ana e nem eu havíamos lido a sinopse do filme. Nunca tinha ouvido falar do diretor ou de qualquer referência do trabalho dele. Estávamos esperando pra ver um filme de zumbis. Zumbis aliens.

Simpático, Bruce Lebruce começou a explicar o porquê de ter optado em fazer um filme de Zumbis Aliens Gays. Whaaaaaat?

"A idéia de colocar um zumbi alien gay que não come carne e não mata mas sim, faz sexo com os cadáveres para lhe dar a vida através do sangue que ejacula de seu pênis enorme... Foi criada para confrontar a idéia de que a AIDS é uma forma de gerar zumbis. O sangue. O sexo. A doença."

Sinceramente. A idéia é boa. Pelo menos a idéia da metáfora.

Terminada a entrevista e a apresentação do diretor, um certo clima de Pooooutz tomava conta de nós dois que, aparentemente, eramos os únicos a não saber da história do filme.

Mas uma coisa eu tenho que admitir. O diretor deixou muito claro: Trata-se de um filme pornô gay com um zumbi alien.

"Começaremos com um curta metragem de autofagia digital feita com clássicos filmes de terror por Nicolas Provost. Depois temos um trabalho do artista Sterling Ruby chamado Triviality com o ator pornô Tom Colt se masturbando em um quarto."

Daí largamos os bets. Dois perdidos num cinema com uma barra pesada pela frente. O curta do Nicolas Provost é um trabalho excelente de conceito e de edição. Recomendo ver o site. Depois vimos um cara esquisito em pé no meio de um quarto fazendo justiça com as próprias mãos enquanto um cidadão repetia frases sobre o conceito da violência.

Eis que então, começa o L.A. Zombie. A história é muito simples. Um zumbi vaga pela cidade de Los Angeles e come os cadáveres que encontra. Come no sentido metafórico, claro. Necrofilia extraterrestre gay. Requintes de sadismo foram incorporadas no roteiro. O membro do zumbi era colocado nos buracos de tiros, facadas.... tenso. E, depois que o zumbi despejava seu sangue sobre as vítimas elas viviam de novo. E ele continuava vagando e comendo. Depois que ele traçou uma galera ele foi embora. Simples assim.

Sabe o que pareceu? Um filme pornô gay com historinha.

Respeito o trabalho do Bruce Lebruce. Ele tá causando uma certa polêmica com o L.A. Zombie. Chegou a ser vetado no festival de Melbourne. Porém, achei o meu limite de interpretação de arte. Para mim foi um filme pornô gay com historinha mesmo. Com historinha ruim, de fato.

7 comentários:

Ivo Erthal disse...

excitei-me...no sentido metafórico da coisa.
bjs

Ivan disse...

Véio ....

vc esta cada dia pior ....

lamentavel

Fábio Ricardo disse...

Resumindo, vc foi ao cinema e assistiu um cara se masturbando?

Anônimo disse...

A Itália realmente está te fazendo muito bem!!!!!rs Elisa

Tharcyla Pimentel disse...

Paulo, tu é gay?

Ivan disse...

O SEU MERDA ,,,,

NÃO VAI ESCREVER MAIS ......

Anônimo disse...

Uhul!